terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Preparo

No último post eu tinha reclamado falado sobre as idas ao mercado com o pequeno. Depois disso, além das conversas com os amigos, sugestões, e leituras, fiz também um exercício de crítica pessoal. Repensei como estavam sendo as visitas ao supermercado, e o que poderia melhorar. Um dos livros que li sugeria não ir com seu filho ao mercado nessa fase. e até que eu tinha essa opção, mas não achei que fosse a melhor saída. achei que é exercitando que se aprende, e então montei um plano de ação. Esse plano consistia em:
1. Deixar pra ir após soneca e alimentação.
2. Conversar avisando onde vamos, o que vamos fazer e o que eu esperava dele.
3. Levar um carrinho para mim aqui de casa, e um carrinho de puxar para ele. E mais nenhum volume.
4. Desde o começo, não deixar que ele pegasse no 'meu' carrinho. Tinha o dele.
5. Fazer a visita um pouco mais curta e pontual.

E, para a minha surpresa, foi tudo um céu! Lindamente ele concordou em carregar seu carrinho, me ajudou a pegar as frutas e verduras. Esperou na fila! Como me sugeriu a Aline, me ajudou a passar as compras para o caixa (isso ele meio que largava bem de cima, então não poderia ser nada quebrável, mas ainda assim ajudou). Nas vezes que se interessou por alguma coisa (um desenho na TV e um carrinho daqueles com volante largado num corredor), a regra do minuto deu bem certo - vc avisa que só dá pra ficar um minutinho, espera um minutinho, e depois avisa que o minuto acabou, tem que dar tchau.

Na verdade o importante mesmo não foi a ida ao mercado em si, e sim a reflexão do que devemos esperar de um pequeno ser, e como podemos ajudá-los de maneiras não tão óbvias, a cooperar. Sim, é difícil planejar e preparar tudo, mas o tempo gasto com isso é menos e bem mais agradável do que se deixar de fazer.
 

sábado, 14 de janeiro de 2012

Piti

Bem que eu sabia que não sairia ilesa. Nessa semana, pequeno filho resolveu que quer dar piti no supermercado. Sim, sim, porque sempre observamos os outros passando por isso, e escolhemos um entre dois cursos de pensamento. O 'isso não vai acontecer comigo' ou o 'será que eu agiria assim no lugar dessa mãe... hmmm acho que não!'. A questão é que ele quer empurrar o carrinho do supermercado totalmente sozinho, ninguém pode encostar um dedinho que seja. E geralmente começamos bem, vira pra lá filho, e ele vai. Agora aqui. E vai. Daí lá pelo quinto minuto de compras, vc fala e ele não vira nesse corredor, mas no próximo. Vc não se importa de mudar o roteiro das compras, nem em gastar uns minutos a mais, então não dá bola. Daí lá pelo nono minuto de compras, a criança vai em direção a pilha de vidros de azeite no meio do mercado, e vc segura o carrinho para evitar um desastre, causando um outro desastre: a indignação total da criança, que berra, e puxa o carrinho em direção a si próprio acertando na boca... hmmm. Abraça, agacha, conversa, já passa. Mas a sina do controle continua, e ao exigir paciência na fila do caixa gera certa tensão. Enquanto a mãe precisa pagar a conta, embrulhar os pacotes, a criança quer sair correndo com o carrinho por outras direções, escalar as bikes de adulto expostas logo ali, ou então se jogar no chão choramingando. Todos os olhares voltados para a mãe, aquelas hostilidades de pensamento no ar. Muito bem, para casa! Só pra repetir toda a cena dois dias depois. Meus dias de supermercado tranquilo se acabaram, e os do dilema 'e agora, qual é o caminho certo?' se acentuam.