quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tapetinho

A cada dia me surpreendo mais com a evolução da capacidade cognitiva e linguistica do pequeno... Muito ele entende, algumas coisas fala voluntariamente e outras repete. Mesmo assim eu me vejo surpresa:
- Ô amor, precisamos um tapetinho aqui, está frio para andar nessa parte.
Chega o pequenino com o tapetinho do banheiro, me dando e dizendo âââhn.

Já fiz uma listinha das palavras, mas esta é mais atual (só as que ele fala voluntariamente)
- xixi
- taputá (vamos passear?)
- tchau tchau
- mi (dormir)
- mamá (leitinho - por mais que eu quisesse que ele falasse 'leitinho', ele aprendeu 'mamá'!?!)
- âââhn (eu quero, me pegue ou toma aqui)
- balalá (banana)
- mamãe, papai, vovó, vovô, opa (com direito a algumas confusões)

sábado, 25 de junho de 2011

Conexões

A gente vira e mexe fala que novas conexões se formaram no céebro do pequeno. Vemos que de repente ele entendeu um significado, uma palavra, uma causa ou um efeito. Conexão seria então aquilo que liga idéias, ou peças. O rejunte do mosaico. Sem o rejunte, o desenho não aparece, são só os pedaços. Esses dias fiquei sem conexão de internet. 15 dias, ou ainda, uma eternidade. Também não tinha telefone. E me senti um caco. Um caquinho meio deslocado, assim sem desenho pra completar. Me senti fora de ordem, bagunçada... Tudo bem que a parte do bagunçado nem teve tanto a ver com a internet, mas contibuiu. Um instrumento de ligação essencial faltou, e percebi como não dá pra viver mais sem... Não é na verdade a internet, mas a sensação de proximidade que ela traz. Tudo vem pra mais perto, amigos, informações, soluções, enfim. É um alívio estar novamente rejuntada!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Corporal

Desde o nascimento do meu pequenino, aprendi um tipo de comunicação diferente do que eu estava acostumada. Eu a chamei de linguagem corporal. Vi que toda a nossa comunicação era através do corpo. Eu achava um pouco difícil e cansativo no começo, mas me acostumei a ela. Para dizer 'tudo bem, mamãe está aqui', ninava. 'Já passa' um beijinho no lugar da batida. 'Olha a comidinha' encostava de leve a colher na boquinha. 'Não pode' fazia tsc tsc com o dedo. Funcionava muito bem, e já me sentia craque, quando no último fim de semana fui surpreendida.
Uma das frases mais compridas era 'hora de dormir', banhando, trocando, penteando, escovando os dentes, senta no meu colo, ouve uma historinha do livrão, uma musiquinha apagando a luz, mamar e colocar no berço, cobrindo. E saía do quarto. Se fosse no meio da noite, pega no colo, põe de novo e cobre. Houveram noites em que precisei 'repetir' a frase várias vezes.
Daí viajei. E num lugar estranho e diferente para ele - nosso hotel - eu disse corporalmente 'hora de dormir'. Foi tudo bem, mas faltou a parte de sair do quarto... Então ele decidiu que não concordava. Ficou chateado. Então tentei a frase do meio da noite... por uns 30 minutos. Pega e põe, pega e põe. Ai ai mamãe, não estou entendendo... Então eu acendi a luz, olhei para ele, e falei em linguagem verbal mesmo 'Filho, hoje nós estamos aqui nesse hotel para dormir. Você vai dormir nesse bercinho diferente, pequeno como você, e a mamãe vai dormir aqui na cama ao seu lado. Olha, esse é seu travesseirinho e esse é o da mamãe. Tudo bem?' Para minha surpresa, ele me olhou com atenção durante a frase e por mais uns segundos logo depois. Deitou, dormiu. !!!!!!
Graduou de corporal para verbal!

Outras 'graduações' decorrentes da viagem:
- tomar de canudo
- mamar sozinho, sem colo

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Expectativa

1. Um tipo de batida cardíaca diferente, mais acelerado, que dificulta o sono. Desejo incontrolável de dar uns pulinhos e uns gritinhos. Isso, é claro, combinado a um certo temor de que algum evento inesperado possa vir a interferir num futuro que já está um tanto quanto incerto. Um contar dos ponteiros... hora desejando que passem mais rápido, hora desejando que passem mais devagar. Olhar fixo no que está por vir. Um se lançar... ou ainda aquele momento ao ar.



2. Expectativa combinada. Explicação 1 em dobro.