domingo, 4 de janeiro de 2015

Intersecção


Existem momentos na vida em que precisamos tomar decisões que podem mudar nosso destino. Como são difíceis! É aquela hora em que você tenta exercitar da melhor forma possível as suas limitadas habilidades de prever o futuro, é a hora que você faz listinhas de prós e contras, mas cujo balanço final parece não satisfazer sua necessidade lógica. Quando eu estava decidindo engravidar pela primeira vez, por exemplo, fiz a tal listinha. Eram provavelmente umas 20 razões práticas que conseguia pensar para não ter filhos, e umas duas para ter. Só que uma delas era simplesmente 'é um almejo do meu coração'. E essa única razão pesava muito mais do que todas as 20 razões contra. E assim, ganhou a minoria. Hoje sei que com certeza foi uma decisão que mudou muito minha vida, meu jeito de pensar e agir, e foi a decisão correta. Por que? Porque naquela hora eu não decidia apenas ter ou não ter filhos, eu decidia quem eu gostaria de ser, e como gostaria de viver a vida. Ali, no espaço daquela decisão difícil, eu podia me tornar autora de minha própria vida.
E é assim, com cada escolha, não só as grandes, mas também as pequenas que vamos nos definindo e ativamente participando do que nos tornamos. Assim, deixamos de pensar em melhor ou pior, mas em qual caminho me parece mais interessante, mais consistente com minha visão de vida, mais próximo daquilo que gostaria de me tornar. E é emocionante estar novamente na posição de dar os primeiros passos naquele novo trecho que nos levará a algum lugar novo, em que poderemos decidir novamente, mudar novamente, seguir andando ou até voltar atrás, por que não?
Nem todas as escolhas da vida são feitas por nós mesmos. Por vezes nos vemos trilhando um caminho que simplesmente surgiu de baixo dos nossos pés. Uma doença, uma perda, um relacionamento difícil. Mas ainda nesses momentos de trilhos escuros, podemos decidir como queremos trilhá-los. E nesses momentos também nos definimos, e tanto mais podemos refletir a luz em meio à escuridão. Como são admiráveis aqueles que conseguem se definir positivamente mesmo em meio de um caminho difícil. (Minha amiga é um exemplo que não consigo deixar de mencionar).
Espero que todas as minhas escolhas de vida, maiores ou menores, sejam sempre reflexo da decisão mais essencial que fiz, e que me levem a correr a corrida, chegar ao destino final, tendo guardado a minha fé.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Mordomia

Esse ano de 2014 está hoje terminando. Desde o início do ano, adotei uma ideia que vi online, que é uma espécie de filtro. Escolhi uma palavra, fiz um caderno com a palavra na capa, e passei a anotar ali tudo o que eu achava que poderia se relacionar a esse tema. Um trecho que havia lido, uma conversa com alguém, um insight, cena de filme, um versículo, enfim, qualquer coisa. Minha palavra escolhida em 2014 foi MORDOMIA, e fiquei extremamente surpresa ao perceber o quanto aprendi e cresci com esse simples hábito. Focar em como administrar as coisas que recebemos nessa vida fez todo o sentido no meu contexto de vida atual, e as coisas pareceram caminhar para que meu coração fosse ensinado nisso. Ontem foi dia de reler todo o caderno, e novamente me surpreender com a revelação de que essas anotações fariam caminhos se abrirem diante dos meus olhos, e fluir fácil meu planejamento a curto, médio e longo prazo, coisa que antes parecia consideravelmente aflitante.
Já escolhi minha palavra de 2015, será PAZ. A experiência já virou hábito, e estou muito empolgada em como se desvelará o que aprenderei sobre isso ano que vem!
Aqui você encontra mais detalhes sobre a ideia.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Perigo

Tanto mais alta é a altura, mais séria a queda. A gente vive a vida sem prestar atenção em quão frágil ela é. Um momento basta para tirá-la. Um descuido para estragá-la. Uma escolha para esvaziá-la. Quantos perigos nos rodeiam, mas seguimos sem prestar muita atenção neles. De alguma forma, temos uma certa certeza que vem intrínseca, nos assegurando que tudo irá bem. Mas nem sempre. Às vezes olhamos para ele: o perigo. A ameaça. E ela assusta. Faz careta e sopra que está mais iminente do que gostaríamos. Nessa hora precisamos de uma outra certeza. A certeza que não é tão intrínseca, mas se torna assim. A fé. A fé de que a fortaleza que me protege é mais forte do que que aquele perigo se torcendo na sua frente. A fé de que se ele me pegar, tenho refúgio nessa mesma fortaleza. Tenho abrigo e remédio. Tenho como fazer do perigo uma vitória, uma glória, um aprendizado. E sei que quando me sinto impotente, é essa a certeza que me carrega.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Gracinhas

Papai faz caretas, pequeno dá muita risada e fala:
-O tipo!
(Vê se já tá na hora de usar gíria!!!)

Pequeno vê o cordão na blusa da mamãe. Se interessa, pega e pergunta:
-Que é isso?
-É o cordão, filho.
-Não, não é cordão. É fio.
(Com toda essa certeza, acho que perguntou só de bonito, pra puxar um papo!)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tabu

Eu não tenho problemas em falar sobre assuntos diversos. Política, religião, sexualidade, não importa. DESDE QUE (sim, há um desde que) o ambiente e as pessoas sejam certos para isso. Se o contexto favorece, susse. E não é a primeira vez que eu repenso sobre o ambiente blog. Quem são meus leitores? Por que e para que escrever? E o assunto da vez ainda está meio internalizado. Daí eu tive vários posts de menor importância para escrever, mas não consegui, porque cada vez que sento para escrever um, o pensamento assalta: Mas vai escrever isso e ainda nem falou da gravidez? Sim, pronto, falei, estou grávida. Para que serve colocar essa informação na internet? Não sei. Sei que sigo uma boa mão cheia de blogs que amo ler e volta e meia me ajudam a pensar na minha própria realidade. Mas esse blog nem era pra ser sobre maternidade. Era pra ser sobre o que a Mabel pensa sobre as coisas. Mas a maternidade é tão misturada com o que sou... faz parte de mim. Olhando os posts do blog, tem muito mais sobre isso do que sobre as outras coisas. Reflexo? Acho que sim....

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Massinha


A brincadeira da vez, boas horas de diversão. Mas confesso que eu me divirto um pouco mais que pequenino. hehe. Como é bom ficar amassando e modelando. Tinha esquecido.


Pocoyo

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Fã-Club

Hoje teve feira do livro na escolinha. O Dia do Livro está chegando, e nosso pequeno já é amante das páginas, desde pequenino! Que bom! O que não falta é incentivo! Então fomos na escola no contra-turno hoje. E foi tão legal espiar a dinâmica na escolinha disfarçadamente, enquanto fingia olhar olhava os livros da feira. Ele chegou muito empolgado, e fiquei derretida de ver que ele foi dar oi pras tias dele. Óin! E correu pelo parquinho, e já conversou com os amiguinhos dele que estavam por ali. Quando viu os livros, claro que disse 'uau' e se interessou por folheá-los um pouco. Escolhemos um que ele amou. Mas a grande surpresa veio ao dizermos que estava na hora de ir, e ele dava seus tchaus, quando passou por uma janela onde estava a turminha dos maiorzinhos. Ele deu um tchauzinho pra lá, e um grupinho de umas 4 meninas olhou pra ele. Encantada, uma das meninas disse 'Olha, o Lindo!' E todas 'Óh, que lindo! Oi seu fofo!' etc. e tal. Bom, eu sabia que isso ia acontecer, só não sabia que assim tão cedo. Meu filho já tem fã-club!!!!