segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

pré-sono

Nova mania: após colocar pequeno para dormir, com direito a livro, oração, musiquinha, conversinha, beijinhos e tals, saio do quarto para dali a pouquinho ouvir um choro sentido. Volto ao quarto para ouvir uma das variações seguintes:
-boa noite, amo vc.
-tchau, tchau, smack.
-ptá, ptá, ptá, ptá, ptá (infinito) ptá, tchau.

Quem resiste?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Receptor

Quase no início do jantar e já está saindo da cadeira? Mas estava crente que ele estava com bastante fome! E aquela comidinha estava caprichada! Em meio piscar de olhos ele já tinha arrastado uma cadeira pra dentro da cozinha e começou a subir. Lá vai mamãe. Agora é hora de comer, filho. Olha que sanduíche gostoso. Pega com as duas mãos! Assim! E continua a conversa dos adultos. Bem que eu ouvi que ele tinha falado um som parecido algumas vezes, mas naquela hora não prestei muita atenção. Dali a um pouquinho estava de chororô. Papai já ia se zangar quando me liguei do que estava acontecendo. Pera aí, acho que ele tá querendo alguma coisa específica, e não tá conseguindo falar. Acho que está na cozinha... Papai concorda, e vai além. Leva o menino até a cozinha e fala, pode falar filho, o que vc quer? Aponta! Garfinho! E olhei ao lado do seu pratinho, e não tinha mesmo garfinho. De volta na mesa, feliz da vida, pegou todo o recheio do sanduíche, comendo contentemente de garfinho. O pão eu picotei depois, e ele comeu com o molhinho, com o garfinho. Deve ser mesmo dura essa vida de emissor sem receptor... E faz pensar quem mesmo é que deve se zangar - quem não entende ou quem não é entendido? Nenhum! É 'só' comunicar!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Escolinha

Não pude levar, tava trabalhando. Mas acordei e busquei. E não foi traumático, nem tão tranquilo assim. Ao acordar era um 'mimi, mimi, mimi' pq queria dormir mais... daí eu ia pegar alguma coisa ele se enfiava denovo na cama embaixo do lençol. Expliquei denovo que ia trabalhar, papai ia levar na escolinha e depois a gente buscava. ok? Ok.

Quando cheguei o relato: rápido e indolor. Deixou, deu os recados pras tias, deu tchau e pronto. Alguns momentos foram de estranhamento. Nossa, que quietude. Nossa, que vazio. Nossa, que produtividade! Nossa, que saudades. Nossa, andar de mão dada até a escolinha pra buscar, 2h30m depois. Vamos chegar de quietinho, pra tentar dar uma espiada, combinado? Câmera na mão pra pegar uma foto dele lá entretido. Não deu muito certo pq assim que entramos na vista, ele nos viu.

E me surpreendi com a reação. Por um milésimo de segundo foi feliz. Daí saiu da mesinha e ficou bem bravo, e disse não, e bateu na pia, que estava ali ao lado. Ele estava mostrando uma indignação por ter sido deixado. Já juntei o piá pra mim, e disse 'Foi legal, não foi? Quantos amiguinhos! E já estamos aqui pra te pegar como combinamos. E ele se agarrou num abraço mais apertado e longo do que eu achava que ele conseguia. Depois do longo abraço, nós demos o tchau pra turminha e fomos para casa.



Mas não havia ainda acabado. A combinação de sono, fome e a dorzinha de estar crescendo se manifestou em  chorinho, birrinha, manhinha, chamego. Soneca mais longa que o normal. Chorinho, birrinha, manhinha, chamego. Pra cama mais cedo, amanhã tem mais.