quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Autonomia

Filho de peixe, peixinho é. Ou ainda, aqui se faz, aqui se paga. Sempre fui uma garotinha independente. Gostava de perambular sem rumo, explorar os lugares, e cresci ouvindo umas tantas histórias de vezes que sumi da vista, para o desespero dos meus pais. Também queria ter logo o meu dinheirinho, desde uns 5 anos saia vendendo pingentinhos para as meninas da escola. E o que eu fazia com minha fortuninha particular? Dava pro meu pai colocar na minha 'poupança' e ele anotava num papel todos os meus depósitos - papel que achei outro dia e dei boas risadas. E queria fazer por mim, e quis ir viajar, intercambiar, e fazer o máximo das coisas que podia 'sozinha'. Meu filhote está tão novinho, mas já vejo nele o mesmo caráter. O garoto quer liberdade. Anda por aí com os braços cruzados para que ninguém pegue na mão dele para o ajudar. Sabe e comunica bem o que quer, mesmo com o vocabulário de 30 palavras que tem. Escala tudo, desce os maiores degraus do mundo de frente. Sobe a escada pondo um pé em cada degrau, e não dois. Pensa que é grande o suficiente. E sai indo por aí. Nada de colo, muito obrigada. Nem daquela coisa de perceber que ficou longe da mãe e chamá-la. Fizemos um mini teste num parque bem amplo, e constatamos que realmente ele iria embora se não fossemos atrás. Receita em nota mental: olho grudado, todo segundo. Mesmo! Dá toda uma preocupação, mas no fundo bem no fundo, morro de orgulho. Acho linda toda a iniciativa, o poder de decisão e de seguir em frente apesar dos obstáculos, tombos ou distâncias.

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