quinta-feira, 31 de março de 2011

Bilingue


Ser bilingue é tudo de bom! Bom para a futura carreira, bom para exercitar flexibilidade, para saber se expressar, para viajar, e até existem pesquisas de que a prática pode evitar certas doenças, como Alzheimer!


Conheço vários casais que falam outras línguas e ficam em um certo dilema de como passar a língua para seus filhos na fase de adquirir linguagem. As pesquisas mostram que quando os pais são nativos de línguas diferentes, o ideal para o aprendizado dos filhos é que cada um fale com seus filhos na sua respectiva língua nativa. Os filhos estariam aprendendo a se comunicar em ambas as línguas, trocando de uma para outra com facilidade. Conheço exemplos lindos que realmente deram certo!

Mais difícil é quando os pais falam outra língua, mas não é sua língua nativa. Alguns tentam formalizar que a língua de casa é uma, e a de ocasiões sociais seria outra. Outros fazem um dia da segunda língua. Essas iniciativas podem confundir os pequenos um pouquinho, atrasando um pouquinho o início da fala, mas logo pegam o funcionamento da coisa, e deslancham a falar. Em alguns casos, chegando na "fase da vergonha", não querem mais falar a língua da casa, ou se esforçam para desaprender! Ainda assim, a maior parte do conhecimento fica gravado na mente para um futuro resgate.

Tem alguns pais que usam a segunda língua para falar sobre as coisas que as crianças não devem ouvir. Eu não concordo muito com essa idéia, pois apesar de ser uma praticidade para os pais, pode gerar um sentimento ruim nos filhos, que se sentem excluídos da conversa, ou ficam com raiva da outra língua. Às vezes serve como incentivo, pois eles querem aprender logo, só para poder entender o que os pais estão dizendo. Mas aí os pais devem perceber e se cuidar para não continuar usando a tal técnica.

Aqui em casa adotamos que falamos em português mesmo, mas podemos passar para o inglês em qualquer momento. TV sempre em inglês. Vários brinquedos tem palavrinhas em inglês. Livrinhos de história tem os dois. Antes de dormir, eu conto em inglês todo dia, mas ele ainda não pede qual história quer ouvir, então isso pode mudar futuramente. Tentamos montar um esquema em que o inglês seja algo natural, que pode acontecer de vez em quando. Para saber os resultados, só mesmo no futuro :)

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